terça-feira, 16 de junho de 2009

O ingrêis de Joel Santana e a saga de boleiros no exterior

É notório que o Brasil exporta o seu melhor material quando o assunto é futebol. Portanto, não deixa de ser curioso ver o técnico Joel Santana explicando em "ingrêis" o desempenho de seu time, a África do Sul, no jogo contra o Iraque.

Joel Santana analisa jogo em ingrêis



É importante notar que há uma carga de preconceito ao ridicularizar uma pessoa simplesmente porque ela não domina um idioma que não é sua primeira língua. Mas uma vez que o sujeito vai para a TV dar entrevista, penso que já consentiu que todos vissem e sabia dos riscos que corria. No final, é divertido e inofensivo, mas desde que se saiba que isso, no fundo, não tem a menor importância. O negócio do cara é futebol, e não inglês. E quem nunca passou apertos ao se comunicar em outro país que atire a primeira pedra.



O jogador Anderson (abaixo) foi outro que se notabilizou pelo inglês duvidoso em uma entrevista


Mauricio Stycer fez um tempo atrás um bom post em seu blog (aqui) comentando sobre o caso do Anderson, acima. Abaixo, reproduzo dois trechos:

"Na Itália, onde morei entre 1991 e 92, ouvia as entrevistas dos jogadores brasileiros e ficava impressionado como eles conseguiam se fazer entender sem falar italiano e se expressando num português capenga. Em 1994, na Copa dos Estados Unidos, tive a oportunidade de entrevistar Aldair – o zagueiro baiano, revelado no Flamengo, que jogou na Roma entre 1990 e 2003. Aldair praticamente inventou uma língua própria, falando mal o português, salpicado por palavras de italiano, com uma pronúncia indescritível."

"O efeito é muito engraçado, mas me faz pensar que Anderson começou no Grêmio ainda criança. Assinou o seu primeiro contrato profissional aos 16, mas desde os 14 já garantia a principal fonte de recursos de sua família. Aos 17 anos, estava no Porto e dois anos depois foi contratado pelo Manchester. É uma história gloriosa, dessas que só o futebol permite – mesmo que o seu inglês seja motivo de piada."

5 comentários:

Dandalo Gabrielli disse...

É por isso que alguns acabam valendo tanto...
Parreira deve falar algo que se entende - lembre-se que ele ficou muitos anos na Arábia. O Kaká deve falar como nativo, mais por ser chato, não vale quando um David Beckham. Já se você não fala "case com seu interprete" como o Zico no Japão.
Se eles estudassem línguas como jogam, eles ganhavam muito mais.

Anônimo disse...

Eu intendi muto ben o ingres deli. Quar é o probrema? Istu é ivega di suçeçu!

Anônimo disse...

wota foca mota foca!

Anônimo disse...

Uahahaha! Concordio. É sucessio mesmio!

VixeMainha disse...

Eu juro que não é invega do suçeçu! ;-)