segunda-feira, 15 de junho de 2009

Novo (e obscuro) aplicativo do iPhone pode revolucionar o uso da realidade aumentada


Possivelmente uma das mais importantes novidades do novo iPhone seja um aplicativo até o momento pouco comentado, e de certa forma, antiquado: a bússola. Mais do que dizer para qual direção você está indo, se é norte, sul, leste ou oeste, a tecnologia que já equipa modelos como o Android G1 e o Nokia N97 permitirá o uso da realidade aumentada (ou Augmented Reality - AR).

E por que a entrada do iPhone na realidade aumentada é tão importante? Porque a Apple tem o dom de tornar popular, acessível e cool coisas que pareciam distantes da realidade cotidiana dos usuários.

A realidade aumentada (o Jornal da Globo fez uma reportagem bacana sobre o tema, mas sem citar o iPhone) permite projetar no mundo real - incluindo imagens - informações do mundo virtual. Isso pode ser por meio da tela (de computador, telefone) ou usando óculos especiais.

Smartphones como o novo iPhone carregam todas as tecnologias necessárias para a aplicação da realidade aumentada: uma boa tela, câmera para “ver o mundo” e reconhecimento de posição. E esse último item é fundamental, e o advento da bússola e magnetômetro do iPhone permitirá identificar a posição com maior precisão. Afinal, o GPS permite saber onde você está, mas a bússola poderá dizer para qual direção está sendo apontada a câmera do aparelho.

Dessa maneira o iPhone saberá dizer o que você está vendo, e poderá reconhecer por meio de um software quais informações estão associadas a essa imagem. A partir dessas informações, poderá “projetar uma realidade”, com tags, notas e qualquer imagem ou dado que a criatividade humana inventar.

Quem tem um G1 Androide já pode ter uma ideia das possibilidades com o aplicativo SkyMap, disponível de graça no Android Market. O SkyMap permite um mapa em tempo real do céu dando os nomes e informações de constelações e planetas à medida que o G1 Android é apontado para o céu. Você pode até fazer uma pesquisa por um planeta e o aparelho indicará para você onde ele está no céu.

Também há aplicações em publicidade - você coloca o anúncio de papel, por exemplo, diante da câmera do computador ou telefone e ele projeta o produto na tela do computador com diferentes imagens e informações. Mais de 1 mil aplicações estão sendo desenvolvidas para a realidade aumentada.

A realidade aumentada não é nova, existe desde os anos 90. Não se popularizou porque os computadores não eram suficientemente rápidos para fazer os cálculos necessários para a operação do programa.

TEORIA DA HIPERREALIDADE

Por falar em anos 90, a discussão de real e virtual que atormentou estudiosos na época nunca foi tão antiquada (ou seria atual!). Leitura fundamental sobre o tema é Jean Baudrillard e suas teorias sobre hiperrealidade. Para o crítico e filósofo francês, hiperrealidade seria a simulacão de algo que nunca realmente existiu (se alguém tiver uma definição melhor, por favor, me ajude e comente).

Particularmente tenho a impressão que o mundo virou uma grande salada de dados. Bem-vindo à Matrix.

Fontes: Fast Company, Jornal da Globo, The Economist

Um comentário:

Crass disse...

Krui véio....essa parada é muito psycodélica!!!!
A reportagem do jornal nem tão foi boa assim (a não ser pelo fato da informação...),mas no iphone!!!!!!!lokissima o bagulho mano....haiuh ughiuafigeb, hue... hiperrealidade


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