terça-feira, 31 de março de 2009
O estagiário e Rocky: heróis incompreendidos
Fui demitido. Justa causa
Em homenagem ao estagiário com a melhor história de falta de noção, abaixo o vídeo com o Rocky (de Remi Gaillard) mais sem noção da face da terra. Afinal, assim como o estagiário, Rocky é um herói incompreendido de nossos tempos.
A solução sueca de Obama?
sábado, 28 de março de 2009
Como seria o Google sem internet
Abaixo uma imagem que com humor responde às perguntas:
E eu me pergunto: será que sem internet e Google o mundo seria um lugar mais calmo e tranquilo de se viver? Mais lento, com menos stress e ansiedade, por exemplo. E se a internet facilita tanto a vida e permite que se tenha o mundo ao alcance de um clique, por que diabos há tantos carros nas ruas de São Paulo?
Via Rogier
sexta-feira, 27 de março de 2009
O quinto alimento
IE 8 se recupera e a ilustração é bacana
Porém, o que achei mais interessante na reportagem foi a ilustração dela, que está abaixo. Uma imagem que resume bem a ideia do confronto.
quinta-feira, 26 de março de 2009
Suécia, a morte da Saab e memórias da baia de Estocolmo
Certas coisas são difíceis de explicar. Uma delas, sem dúvida, é minha admiração por carros da Saab. Talvez por serem da Suécia, um país distante e exótico que deu à humanidade a Volvo, o Ikea e o ABBA.
Para o meu desgosto (e surpresa) li no NY Times essa semana que o governo da Suécia não irá ajudar a Saab a enfrentar a crise que assola a indústria mundial e particularmente o setor automotivo. Sendo assim, há grande possibilidade da Saab fechar suas portas. O pedido de ajuda negado é surpreendente, tendo em vista a tradicão paternalista do governo sueco com trabalhadores e companhias do país. Seguindo o "modelo sueco", o sistema bancário do país foi estatizado em 1992, quando todos os bancos locais quebraram. Posteriormente, as instituições foram capitalizadas e voltaram para o controle privado.
E por que o "modelo sueco" não será aplicado à Saab? O governo alega que não tem interesse em ser proprietário de uma fábrica de carros. O que faz muito sentido. Acho que outra vez, a exemplo do que fizeram nos anos 90, os suecos nadam contra a corrente mas estão no caminho certo.
A Saab é uma pequena indústria que teve seu último sopro de vida apagado quando foi comprada pela GM na década de 80. Os americanos descaracterizaram a marca e de certa forma a contaminaram com a visão que colocou as fábricas de carros dos Estados Unidos onde estão hoje.
Antes de ser comprada pela GM, a Saab era uma empresa inovadora e com um DNA próprio que se refletia em seus produtos. Em 1977, por exemplo, foi lançado no salão do automóvel de Frankfurt o Saab 99 Turbo, o primeiro carro de passeio com motor turbo (em 1976, a Porsche havia apresentado o Carrera). Todo o projeto do Saab 99 era baseado no conceito de “menos é mais” adotado pela tradição minimalista do design sueco.
Um motor turbo é mais leve, menor e mais eficiente na relação potência / consumo de combustível do que um motor convencional (naturalmente aspirado). A ideia do turbo é reaproveitar os gases que no motor convencional são expelidos pelo escapamento e assim aumentar a potência.
Outros fabricantes já haviam tentando, mas uma série de dificuldades técnicas que comprometiam a durabilidade e confiabilidade do motor desencorajaram outras empresas de seguir com o projeto. Entretanto, a Saab também é uma indústria aeroespacial e aplicou soluções desenvolvidas para seus aviões no carro. (Mais detalhes sobre o turbo e Saab 99 aqui)
E o que aconteceu depois que a Saab passou a ser comandada pela GM? No ano passado o prejuízo foi de US$ 343 milhões (pouco se comparado aos US$ 100 bilhões da GM). As vendas não chegam a 100 mil modelos por ano e a marca tem pouco apelo com o público. Confesso que hoje nem eu compraria um Saab - parecem mais carros americanos que suecos.
Já a também sueca Volvo, que pertence à Ford, está em situação um pouco melhor que a Saab. A Volvo tem uma marca forte associada a segurança e confiabilidade. Por outro lado, as vendas, principalmente de caminhões, caíram muito.
Talvez a saída para a Saab seja voltar a nadar contra a corrente e como o governo da Suécia, desconfiar da "sabedoria popular" que recomenda receitas fáceis.
Baia de Estocolmo
Acima, foto do por do sol mais rápido e mais cedo que já vi na vida. Foi na ilha Skeppsholmen, na parte central de Estocolmo. A vista é para a parte oeste da baia. Em poucos minutos, instantes antes das 15h, a luz havia desaparecido completamente do céu.
E por último, o vídeo de "Mamma Mia", ABBA.
Mamma Mia
Ive been cheated by you since I dont know when
So I made up my mind, it must come to an end
Look at me now, will I ever learn?
I dont know how but I suddenly lose control
Theres a fire within my soul
Just one look and I can hear a bell ring
One more look and I forget everything, o-o-o-oh
Mamma mia, here I go again
My my, how can I resist you?
Mamma mia, does it show again?
My my, just how much Ive missed you
Yes, Ive been brokenhearted
Blue since the day we parted
Why, why did I ever let you go?
Mamma mia, now I really know,
My my, I could never let you go.
Ive been angry and sad about the things that you do
I cant count all the times that Ive told you were through
And when you go, when you slam the door
I think you know that you wont be away too long
You know that Im not that strong.
Just one look and I can hear a bell ring
One more look and I forget everything, o-o-o-oh
Mamma mia, here I go again
My my, how can I resist you?
Mamma mia, does it show again?
My my, just how much Ive missed you
Yes, Ive been brokenhearted
Blue since the day we parted
Why, why did I ever let you go?
Mamma mia, even if I say
Bye bye, leave me now or never
Mamma mia, its a game we play
Bye bye doesnt mean forever
Mamma mia, here I go again
My my, how can I resist you?
Mamma mia, does it show again?
My my, just how much Ive missed you
Yes, Ive been brokenhearted
Blue since the day we parted
Why, why did I ever let you go
Mamma mia, now I really know
My my, I could never let you go
segunda-feira, 23 de março de 2009
sábado, 21 de março de 2009
Get a job, se tiver sorte
Sha na na na, sha na na na na,
Sha na na na, sha na na na na,
Sha na na na, sha na na na na,
Sha na na na, sha na na na na,
Yip yip yip yip yip yip yip yip
Mum mum mum mum mum mum
Get a job Sha na na na, sha na na na na
Every morning about this time
she get me out of my bed
a-crying get a job.
After breakfast, everyday,
she throws the want ads right my way
And never fails to say,
Get a job Sha na na na, sha na na na na
Sha na na na, sha na na na na,
Sha na na na, sha na na na na,
Sha na na na, sha na na na na,
Yip yip yip yip yip yip yip yip
Mum mum mum mum mum mum
Get a job Sha na na na, sha na na na na
And when I get the paper
I read it through and through
And my girl never fails to say
If there is any work for me,
And when I go back to the house
I hear the woman's mouth
Preaching and a crying,
Tell me that I'm lying 'bout a job
That I never could find.
Sha na na na, sha na na na na,
Sha na na na, sha na na na na,
Sha na na na, sha na na na na,
Sha na na na, sha na na na na,
Yip yip yip yip yip yip yip yip
Mum mum mum mum mum mum
Get a job Sha na na na, sha na na na na
O duro é que a cobrança para estar empregado realmente existe e é difícil de conviver com ela. Isso sem falar em questões mais práticas, como contas para pagar. As pessoas falam em network, iniciativa, empolgação etc. Particularmente acho que no fundo é tudo uma questão de sorte. Eu diria que "estar capacitado", conhecer pessoas etc, apenas aumenta sua exposição para a sorte. Porém, no final, é tudo sorte. Aliás, como tudo na vida.
quinta-feira, 19 de março de 2009
Libertango
Entrevista de emprego no estilo Clube da Luta
quarta-feira, 18 de março de 2009
Frase do dia e 'Life on Mars?'
Não entendeu? Significa “Triumph” com o emoticon "coração". Foi enviado via Twitter pela Mars Phoenix Lander ao concluir sua missão. Leia mais aqui
Inspirado pelo tema, David Bowie - Life On Mars?
"In 1968, Bowie wrote “Even a Fool Learns to Love”, a song with lyrics by Bowie set to the music of a 1967 French song (“Comme d’habitude”). Bowie’s song was never released, but Paul Anka bought the rights to the original French version, and rewrote it into “My Way,” made famous by Frank Sinatra in a 1969 recording on his album of the same name. The success of the Anka version prompted Bowie to write “Life on Mars?” as a parody of Sinatra’s recording." Resenha da last.fm
Madoff nos segue. Três vivas para o Bernie!
Hi, VixeMainha (Tribalistas).
Bernard Madoff (Bernard_Madoff) is now following your updates on Twitter.
Check out Bernard Madoff's profile here:
http://twitter.com/Bernard_Madoff
Best,
Sensacional! Estamos adorando essa história de Twitter
O primeiro Twitteiro
Tribalistas no Twitter
Não é só Bernie Madoff que está no Twitter (já falamos sobre isso). Agora os Tribalistas também fazem parte da rede mais festejada (e inversamente inútil e descapitalizada). No final dessa página, bem no final, como todos os aplicativos que temos, você pode adicionar os Tribalistas ao seu perfil e nos e seguir no Twitter. Se você tiver coragem suficiente, é claro. Em tempo: já estamos seguindo o Madoff.
Não sabe o que é Twitter? Livre-se das sombras da ignorância. Abaixo, um vídeo explicativo (com legendas em português, de Portugal).
A melhor trilha sonora do ano
Depois de assistir a "Watchman", pensei em escrever um post sobre como a discussão a respeito da fidelidade (ou não) ao original está meio antiquada. E que, talvez por conta dessa polêmica ultrapassada, pouca atenção foi dada à trilha do filme. O que é uma grande injustiça, porque as músicas são incríveis.
Sério, a trilha é realmente muito boa. Mas numa dessas coincidências felizes, encontrei um texto que diz tudo o que eu gostaria de dizer. Na verdade, diz o que eu imaginava e vai muito além, com riqueza de detalhes digna do Ozymandias. O texto é de Fred Fagundes e está no Quem Matou a Tangerina, aqui. Abaixo, coloquei o link para os vídeos das músicas. No post original do Fagundes, além das músicas, há a descrição das cenas em que elas aparecem. Mas se você viu o filme, vai se lembrar clicando nos links que listei abaixo.
Bob Dylan - The Times They Are A Changin
Unforgetable - Nat King Cole
Simon & Garfunkel - Sound of Silence
Leonard Cohen - Hallelujah
Jimi Hendrix - All Along The Watchtower Live!
Nena - 99 Luftballons
Janis Joplin - Me And Bobby McGee
KC & The Sunshine Band - I’m Your Boogie Man
Waylon Jennings – Clyde
Tyler Bates – Réquiem
My Chemical Romance - Desolation Row
Leonard Cohen - First We Take Manhattan
Gosto particularmente de "Hallelujah", de Leonard Cohen. E a cena em que ela é tocada no filme, com Coruja e Laurie fazendo sexo, é memorável. E não é só pela moça em roupas justas e botas que digo isso. Esqueça o fetiche, falo pela música mesmo. Ok, concordo, ver aquilo e pensar na música pode levar a vários questionamentos, mas enfim...
E sobre o filme, gostei. Se você não conhece a história e não leu a HQ, não fica boiando na sala. E uma produção para multidões tem a obrigacão de ser compreendida por qualquer um. Além do mais, além da trilha, há imagens incríveis.
segunda-feira, 16 de março de 2009
Bernie Madoff no Twitter
domingo, 15 de março de 2009
Stewart X Cramer (incapaz de admitir o erro)
Jim Cramer comanda um dos mais populares programas de TV nos EUA, o "Mad Money", sobre o mercado de ações. Com seu jeito estriônico, ficou famoso com seu show recheado de gritos, piadas e conselhos do tipo venda ou compre. A vida andava boa até o mercado ruir. Nos últimos dias, Cramer virou alvo do comediante Jon Stewart, que sucessivamente mostrava em seu programa vídeos antigos com os conselhos furados de Cramer.
A "briga" virou assunto nacional na América com direito a ampla cobertura da imprensa. E depois de muita troca de farpas pela TV, no último dia 12 os dois estiveram frente a frente no programa de Stewart, que entrevistou Cramer. Mais que uma entrevista, foi uma "surra moral". Stewart, que parecia um parlamentar comandando uma CPI do sistema financeiro, mostrou até um vídeo em que Cramer aparece desacreditando o mercado e falando dos truques para enganar os pequenos investidores. Para piorar, a maior parte do público de Cramer são os investidores de pequeno porte. E mais, o vídeo foi gravado em 2006, sem o propósito de ser veiculado na TV.
Porém, no mercado financeiro o céu é o limite. É tudo ou nada. Mesmo depois da casa cair, Cramer não parece se dar conta de suas ações, e se o faz, não admite. Ele se limita a repetir que deveria ter feito um trabalho melhor. E que daqui em diante o fará. O mais assustador é que Cramer nada mais é que o retrato da "elite" que criou essa crise e continua por aí. Superficial, manipulador, arrogante, ele segue agindo como se tudo que aconteceu não fosse nada além de uma infeliz coincidência de fatores improváveis. E pior, em momento algum é capaz de admitir o erro. Tudo tão surreal que fica divertido!
A melhor parte é quando Cramer justifica suas ações dizendo que "há um mercado para isso e você entrega o que as pessoas querem". Olhando incrédulo, Steward exclama: "Há um mercado para cocaína e prostitutas"
Veja a entrevista na íntegra (em inglês).
sábado, 14 de março de 2009
Guia de entrevista de emprego (for Dummies)
Em tempos de crise, perder o emprego é uma preocupacão para boa parte da população produtiva. E para quem está desempregado, conseguir um posto de trabalho se torna uma tarefa ainda mais árdua com a diminuição de vagas e o aumento da mão-de-obra qualificada.
Mas manter a auto-estima elevada e permanecer confiante é fundamental. E se por algum motivo você nesse momento se sente inseguro, acha que os seus concorrentes são mais capacitados que você, leia a seguir algumas pérolas que colhi no site de empregos Just Jobs. Os comentários são meus. Depois de lê-las, acredite, você verá o mercado de trabalho (e a humanidade) com outros olhos.
“Uma pessoa me disse que era alérgica a desemprego” (Não esqueça: problemas pessoais devem ficar em casa)
“Um candidato me disse que deveríamos contratá-lo porque ele seria uma grande aquisição para o time de futebol da firma” (Hoje se buscam funcionário multitarefa, é preciso ser versátil)
“Um candidato cantou todas as respostas da entrevista” (Não, o emprego não envolvia música. Portanto, mantenha o foco)
“Um entrevistado disse que deveria ser contratado porque ele já havia concorrido três vezes para aquela vaga, e que agora chegara a vez dele” (Imagine a confidência e certeza com que o candidato deve ter dito isso! Não peque pelo excesso de confiança)
“Um candidado escreveu um press release anunciando a contratação dele para o emprego que ele estava disputando” (Novamente, confiança em demasia não permite que você se prepare para falhas)
“Um sujeito disse que não tinha experiência alguma para aquela vaga, mas que um amigo dele tinha” (Network é importante, mas é preciso assumir responsabilidades. Há limites para delegar)
“O candidato entregou todo seu currículo verbalmente, em forma de rap” (É fundamental saber como e quando dizer as coisas)
“Uma pessoa levou a mãe para a entrevista de emprego e deixou-a responder a todas as perguntas” (Assuma o controle da situação)
“Um candidato mandou o currículo em papel de embrulhar pão. (Uma boa apresentação faz toda a diferença)
A melhor entrevista de emprego do mundo
Entrevistador - Quais suas qualificações como químico?
Candidato - Sou formado em química pela USP com PhD na faculdade de Austin, no Texas.
Impressionado e confidente de que poderia ter diante de si a pessoa ideal para o cargo, o entrevistador continua.
Entrevistador - Qual a sua experiência profissional?
Candidato - Quando morei nos Estados Unidos eu montei um laboratório para refino de cocaína. Também fiz alguns trabalho com crack e anfetaminas.
Entrevistador (tentando esconder a incredulidade) - Cocaína?
Candidato. Sim. Na verdade é muito simples.
Nesse momento, o entrevistado aproveitou a deixa para demonstrar seus conhecimentos químicos explicando como se refina cocaína. Conhecimentos que, ainda segundo o entrevistador, eram aparentemente consistentes.
Entrevistador (mantendo a compostura e seguindo o script) - E por que o interesse nessa vaga?
Candidato - Estou tentando mudar de carreira.
O entrevistador jura que não sabe dizer se a parte da carreira foi uma piada de duplo sentido (carreira, cocaína etc...) ou se de fato o experiente químico falava sério.
Imagino o texto naquela parte do currículo onde você fala dos objetivos. Seria algo do tipo: “Quero trocar de carreira, largar a cocaína por um novo desafio fora do mundo do crime”
sexta-feira, 13 de março de 2009
A pirâmide do trabalho (updated)
quinta-feira, 12 de março de 2009
Tribalistas no busão e a guerra às drogas
Comovidos com o marasmo que assola as agências de publicidade, os TRIBALISTAS fazem a sua parte (e fazem por conta própria!). Lançamos uma campanha global para nos fazermos conhecidos. Quer anunciar no busão também? Veja o gerador de banner de ônibus aqui.
E em um momento nostálgico (com ou sem acento? essa nova ortografia me mata) lembrei dos Virgulóides e do bizarro hit Bagulho no Bumba, de 1997.
É guerra
E por falar em bagulho, bastante interessante a revista The Economist adotar uma postura em defesa da legalização das drogas. Diversas publicações já se posicionaram nesse sentido, mas sendo a The Economist - notoriamente de direita, tendo mais de 150 anos de tradição e postura conservadora, o fato é notável.
Trecho do editorial da reportagem de capa How to stop the drug wars
"In fact the war on drugs has been a disaster, creating failed states in the developing world even as addiction has flourished in the rich world. By any sensible measure, this 100-year struggle has been illiberal, murderous and pointless. That is why The Economist continues to believe that the least bad policy is to legalise drugs. “Least bad” does not mean good. Legalisation, though clearly better for producer countries, would bring (different) risks to consumer countries. As we outline below, many vulnerable drug-takers would suffer. But in our view, more would gain."
É o que eu digo. Se certos ritmos musicais podem ser consumidos mesmo sem programas de recuperação, não é justo criminalizar todo tipo de droga. Melhor educar, orientar e oferecer outras possibilidades para a ressocialização do dependente.
Guerra dos sexos no escritório
A pessoa tem uma foto da família sobre a mesa.
ELE é um homem de família, responsável e sólido.
ELA coloca a família acima da carreira.
A mesa da pessoa está bagunçada.
ELE é obviamente um funcionário trabalhador e ocupado.
ELA é desorganizada.
A pessoa está conversando com os colegas.
ELE deve estar falando do próximo negócio.
ELA está fofocando.
A pessoa não está na mesa.
ELE deve estar em uma reunião.
ELA deve estar no banheiro feminino. Fofocando.
A pessoa não está no escritório.
ELE está em visita a clientes.
ELA deve ter saído para fazer compras.
A pessoa está almoçando com o chefe.
ELE está no caminho certo.
ELA deve estar dando pro chefe.
A pessoa é criticada pelo chefe.
ELE vai provar sua capacidade.
ELA vai ficar muito chateada.
A pessoa fez um mal negócio.
ELE ficou bravo?
ELA chorou?
A pessoa vai se casar.
ELE vai ficar mais estável.
ELA vai ficar grávida e se ausentar do escritório.
A pessoa vai ter um filho.
ELE vai precisar de um aumento.
ELA vai custar muito à empresa.
A pessoa faz uma viagem a trabalho.
É bom para a carreira DELE.
O que o marido DELA vai dizer?
A pessoa sai para um emprego melhor.
ELE sabe reconhecer uma boa oportunidade.
As MULHERES não se fixam.
Excomunga eu, Dom José! E Jesus e Madonna também
Admiro a criatividade alheia, principalmente quando a brincadeira ridiculariza uma posição política que faria sentido há uns 300 ou 400 anos, quando fogueiras e bruxas animavam o cotidiano dos cidadãos.
Hoje recebi o link para o abaixo assinado EXCOMUNGA EU, DOM JOSÉ!:
Destinatário: Dom José Cardoso Sobrinho, Arcebispo de Olinda e Recife
Para quem não lembra da história, o link aqui.
E o que Dom José diria da relação de Jesus com Madonna? É curioso, sempre achei a piada com os nomes bacana, mas a imprensa dá mais atenção para a diferença de idade entre eles - principalmente no exterior.
E dizem que Sean Penn ao encontrar Madonna no Oscar deu a ela os parabéns por adotar mais uma criança, o Jesus Luz. Quantas vezes será que Penn já deu parabéns ao colega Jack Nicholson, por exemplo, pelas constantes adoções?
E agora torço fervorosamente por um comentário de Dom José sobre a relação do casal (e entraria um José na história). Melhor ainda seria excomungar Madonna e Jesus. Seria grande, seria bíblico!
quarta-feira, 11 de março de 2009
18 razões para servirem álcool no trabalho
Apesar do nosso reposicionamento, não pude resistir e meu primeiro post desta nova era está relacionado ao mundo corporativo: são as 18 razões para servirem álcool no trabalho.
Tenho um amigo que trabalha em uma empresa de bebidas. Nas reuniões, o chefe liga para a copeira e, ao invés de pedir café, pede uísque 12 anos. Inveja! Agora pergunto: quem produz mais, ele ou eu? A resposta é simples: ele não tem um blog, muito menos o atualiza durante o expediente...
Esse fenômeno ocorre porque servir bebidas alcoólicas no trabalho:
1. Reduz o absenteísmo.
2. Leva a uma comunicação mais transparente.
3. Reduz as reclamações sobre salários.
4. Faz os empregados dizerem o que pensam, e não o que os gestores querem ouvir.
5. Minimiza o aquecimento global, ao estimular as caronas.
6. Aumenta a satisfação no trabalho. Afinal, ninguém ligará se tiver um emprego de merda.
7. Elimina as férias, pois as pessoas preferirão ir trabalhar.
8. Torna os colegas de trabalho mais bonitos.
9. Torna a comida do refeitório mais gostosa.
10. Amplia a chance dos chefes darem aumentos, uma vez que estarão bêbados.
11. Faz as negociações salariais serem muito mais lucrativas.
12. Faz as pessoas trabalharem até mais tarde, já que não precisam ir ao bar relaxar.
13. Torna todos pessoas mais mente aberta.
14. Elimina a necessidade de os funcionários ficarem bêbados na hora do almoço.
15. Amplia consideravelmente as chances de ver colegas nus.
16. Reduz os custos com café, já que os funcionários não precisarão mais ficar sóbrios.
17. Torna o ato de sentar nu na copiadora algo muito menos grosseiro.
18. Transforma qualquer reunião chata no meio da manhã em um agradável happy hour.
Se tiver outras boas sugestões, deixe nos comentários que a gente acrescenta aqui!
Adaptei daqui: 17 Reasons Why Alcohol Should Be Served at Work
terça-feira, 10 de março de 2009
Como a "matemática" ajudou a matar Wall Street
Acredito que esse seja o caso da reportagem Recipe for Disaster: The Formula That Killed Wall Street, publicada na revista Wired de março. O artigo fala sobre a função Gaussian copula, que tornou fácil calcular o risco em Wall Street. Bastava pegar diversos fatores, colocar na fórmula e com algumas contas, num passe de mágica, se obtinha o risco. A função ia tão bem que se tornou uma espécie de tábua sagrada amplamente usada em Wall Street. Bom, isso até alguns meses atrás, quando a economia derreteu e a fórmula se mostrou uma tremenda armadilha que levou aos cálculos subestimados dos riscos.
O personagem principal da história é David X. Li, inventor da fórmula. Hoje ele vive na China e não quis falar com a revista.
Um dos trechos mais interessantes da reportagem, a meu ver, é o comentário de Nassim Nicholas Taleb, autor de The Black Swan (no Brasil A Lógica do Cisne Negro).
Cabe ressaltar que a reportagem não culpa Li pelo enrosco que a economia se envolveu. Ele apenas inventou um modelo que foi amplamente adotado pelo mercado por ser simples e fácil de usar (além de conveniente).
Acima, gráfico da Wired que explica a função
E mais: alguns defensores da função diziam que ela podia ser usada até mesmo para calcular a durabilidade do seu casamento.
É impressão minha ou isso seria o suficiente para desacreditar qualquer teoria matemática?
segunda-feira, 9 de março de 2009
Noruega, um país surpreendente
A Noruega é um dos países mais interessantes que já visitei. O frio eu já esperava, mas não imaginava o calor com que as pessoas recebiam turistas. Logo na saída da estação de trem em Oslo encontrei um posto de informação. Um atendente com inglês perfeito passou quase 20 minutos me orientando sobre rotas de ônibus, como chegar ao meu hotel e atrações turísticas, como o centro da cidade, na foto acima.
Munch-museet
O Munch-museet (foto acima) - dedicado à vida e obra do artista Edvard Munch - é um dos museus mais seguros que já entrei no mundo inteiro. Portas blindadas de vidro, catracas e dezenas de câmeras, além de simpáticos seguranças (que aparentemente não estavam armados). Tive a impressão que idéia central é usar toda a tecnologia disponível para impedir que qualquer pessoa armada entre, isso sem enfrentamento algum. E caso entre, dificilmente ela sairá de lá (ao menos sem a companhia da polícia). Tanto que após o visitante entrar, só é possível seguir em frente pela sequencia de portas e cancelas, nunca voltar.
E se o Munch-museet impressiona pela segurança, já o Nasjonalgalleriet (Galeria Nacional) é o oposto. Praticamente não há segurança, mas não só expõe mais de uma dezena de obras relevantes de Munch (incluindo O Grito) como a de dezenas de pintores, principalmente europeus - impressionistas como Manet, Monet e Degas; pós-impressionistas Gauguin e Cézanne, além de artistas do século 20 como Picasso e Braque. É supreendente não só pela simplicidade, mas também pela qualidade dos trabalhos
A coleção de peças de artistas noruegueses também é relevante na Nasjonalgalleriet. Um interessante movimento artístico local teve início no começo do século 20, quando o governo da Noruega patrocinou a ida de diversos artistas do país para a França, Munch - depois o de maior destaque - era um dos jovens no grupo.
Vigelandsparken e as esculturas de Gustav Vigeland
Outra atração imperdível de Oslo é o Vigelandsparken. O nome é uma homenagem ao escultor Gustav Vigeland (1869-1943). Foi ele quem idealizou o parque, um projeto que tomou 40 anos da vida do artista. A principal atração é um conjunto de 121 esculturas de granito que simbolizam o ciclo da vida (fotos acima). Os mais conservadores podem achar as cenas um pouco obscenas, mas o conjunto da obra realmente impressiona.
Por fim, uma recente descoberta. Lendo o The Leaping Thought ouvi uma dupla de músicos da Noruega chamada Kings of Convenience. É música fofa, daquelas que grudam e com um videoclipe bem simpático (abaixo). Eles me lembram um pouco Franz Ferdinand.
I'd Rather Dance With You
domingo, 8 de março de 2009
Lost, lost e cada vez mais lost
O Curioso Caso de Forrest Gump
Big Brother, Lost e Jefferson Airplane (e porque fumo bananas)
Empolgado, resolvi assistir a versão ao vivo que passa no Multishow. Confesso que entendi pouco. Acho que as conversas dos participantes estavam acima do meu nível de compreensão. Na verdade, uns dois níveis acima. Os planos mirabolantes ficaram rasos. Eu já não achava que movendo uma alavanca Ralf escaparia da casa como o malvado Ben da ilha para mudar toda a história. Priscila deixou de ser mágica, tipo aquela mente brilhante e corpo sarado que solucionaria o conflito beleza X intelecto (uma espécie de Kate). Já Max me lembra o doutor Jack, simpático, inteligente, mas sempre mais complexo do que parece. É difícil dizer se atua pelo bem comum ou em causa própria (provavelmente a segunda alternativa). E há a Mirla, uma espécie de Ana-Lucia, a latina bonitona que brigava e dizia coisas sem sentido.
Enfim, Lost e Big Brother são feitos de personagens. E por mais que a história que os una não faça sentido algum, tentamos achar um fio condutor.
Mas decidi, vou ver TV comendo banana. Ou fumando, como diz um gaiato nesse vídeo (abaixo) de uma apresentação do Jefferson Airplane cantando de Somebody To Love e White Rabbit. A essa altura, seja lendo jornal ou assitindo à TV, só nos resta correr atrás do coelho branco e procurar alguém para amar.
sábado, 7 de março de 2009
Orfeu, a mosca e a ópera
Natalie Dessay e Laurent Naouri são casados e estrelas do mundo da ópera. Dificilmente se apresentam juntos. Um deles sempre tenta ficar em casa para cuidar dos dois filhos do casal.
No vídeo acima, o "Fly Duet", da produção de 1997 "Orpheus in the Underworld".
Jupiter, na pele de uma mosca, seduz Euridice. Se você acha que a ópera é um estilo conversador, provavelmente terá argumentos para reavaliar sua opinião.
O mundo mudou... e nós também
Não faz muito tempo esse blog e seus colaboradores jogavam no time do mundo corporativo. Deixamos as grandes corporações, ao menos aquelas que se levam a sério como motores do mundo capitalista. Nossos planos de dominar o mundo também foram pelo ralo acompanhando o derretimento dos impérios econômicos. E o mundo ficou mais sombrio. Mas como de um limão sempre fazemos uma limonada, não se abale, enxugue essa lágrima da sua face. Agora esse blog se volta para as amenidades e curiosidades da vida. Viva o niilismo!
Tudo isso para dizer que o texto abaixo, que acompanhava e descrição desse blog, agora é passado. Estamos nos reposicionando e adaptando ao admirável mundo novo.
"Um blog dadaísta e tribalista que entende o não entendimento do mundo corporativo em seu total e completo escopo de trabalho (não entendeu? "vamos partilhar a nossa expertise em Power Point com você). O excesso de palavras, em uma única linha, e sem pontuação, é parte de nossa estratégia de comunicação corporativa 360º."
O novo texto, abaixo, foi extraído do livro "Na Praia", de Ian McEwan:
"Chegara à descoberta fortuita de que mesmo o sucesso lendário trazia pouca felicidade; só inquietação redobrada e o tormento da ambição"