domingo, 8 de março de 2009

Big Brother, Lost e Jefferson Airplane (e porque fumo bananas)

Quando abro os jornais e tento acompanhar as notícias fico meio perdido. Castelos em Brasília, Collor que saiu mas voltou etc. Mas devo confessar que o meu sentimento de "desorientacão" atinge o ápice quando assisto ao Big Brother Brasil. A versão editada é muito boa. De certa forma é como Lost, uma série de acontecimentos sem sentido mas que você tenta perceber como uma história maior, mais complexa. Se estão mostrando, é porque DEVE existir "algo" a ser desvendado, um desfecho surpreendente. E o Pedro Bial é brilhante, ele é tipo o projeto Darma em forma de gente. Como se toda a trama secreta estivesse ali, na frente dos personagens, dando pistas e mostrando caminhos. O Bial é a união da fumaça e do urso polar, mas declarando citações filosóficas.

Empolgado, resolvi assistir a versão ao vivo que passa no Multishow. Confesso que entendi pouco. Acho que as conversas dos participantes estavam acima do meu nível de compreensão. Na verdade, uns dois níveis acima. Os planos mirabolantes ficaram rasos. Eu já não achava que movendo uma alavanca Ralf escaparia da casa como o malvado Ben da ilha para mudar toda a história. Priscila deixou de ser mágica, tipo aquela mente brilhante e corpo sarado que solucionaria o conflito beleza X intelecto (uma espécie de Kate). Já Max me lembra o doutor Jack, simpático, inteligente, mas sempre mais complexo do que parece. É difícil dizer se atua pelo bem comum ou em causa própria (provavelmente a segunda alternativa). E há a Mirla, uma espécie de Ana-Lucia, a latina bonitona que brigava e dizia coisas sem sentido.



Enfim, Lost e Big Brother são feitos de personagens. E por mais que a história que os una não faça sentido algum, tentamos achar um fio condutor.

Mas decidi, vou ver TV comendo banana. Ou fumando, como diz um gaiato nesse vídeo (abaixo) de uma apresentação do Jefferson Airplane cantando de Somebody To Love e White Rabbit. A essa altura, seja lendo jornal ou assitindo à TV, só nos resta correr atrás do coelho branco e procurar alguém para amar.

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