quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Pirataria, ela pode ser boa
Primeiro foi a indústria fonográfica que viu a casa cair com a chegada da internet. Depois foram os grandes estúdios de Hollywood, afinal, o computador não tem a magia da tela grande - mas também não tem o mala que fica falando na poltrona de trás, nem filas gigantescas, muito menos preços extorsivos, aliás, na web é grátis, apesar de pirata.
As revistas sofriam com a internet, mas em tese concorriam com elas mesmas e estavam livres da pirataria, já que a sensação de folhear uma revista e ver reportagem por reportagem ainda era algo difícil na rede. Mas descobri o Mygazines.com, um site colaborativo onde você encontra revistas do mundo todo, inclusive as principais brasileiras, em que é possível "folhear" as revistas online. É tudo muito simples e fácil.
Mas em comparação à indústria fonográfica e cinematográfica as editoras de revista levam uma vantagem com a pirataria. No Mygazines ao folhear a revista você também vê os anúncios, ou seja, há menores custos de papel e aumento do número de leitores. E quem lê revistas estrangeiras de moda, por exemplo, sabe que os anúncios podem ser tão interessantes quanto os editoriais.
O que me leva à conclusão: nem sempre a pirataria é ruim, como a revista The Economist bem lembrou na reportagem Thanks, me hearties, recentemente publicada. Lembre-se ainda que para estar na frente dos piratas, as grandes grifes precisam criar produtos melhores e mais sofisticados que dificultem a cópia.
No caso da mídia tradicional, o que falta são os executivos mexerem a bunda gorda da cadeira, estimularem a inovação e principalmente, darem chances dessas novidades serem implantadas.
FBI, RIAA, NSA, ABIN, por favor, não venham atrás de mim!!! Pirataria? Eu já vi, mas nunca usei. Eu estou limpo. E ouvi dizer que baixar música e séries de TV no computador faz mal para duas coisas. A primeira é a memória e a segunda... nossa, esqueci a segunda!
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